sexta-feira, 31 de julho de 2015

Sobre a inspiração

E a inspiração vinha de seres mágicos que rondavam sua mente.
Batiam em sua caixola e começava a escrever... 
Ouvia-os  sussurrando histórias e estórias em seu ouvido de cóclea invertida...
Flutuava, tentava livrar -se de todo o pensamento racional, e viajava no macio do seu auter ego inconsciente.  
Entregava seus controles motores e psíquicos aos Seres supremos da imaginação... 
Sentia seus abraços, seu toque. Seus braços roçando em joysticks mentais. 

Movia-se como um papaleguas com gráficos anos 80. 
Podia se ver perseguida pelo Coyote,  ou caçada pelo Pepe Legal. 
O pica pau bicava sua cabeça pedindo concentração.  

Quando voltava a sí,  ou tentava se envolver na história e dividir os controles com a magia... Ela se perdia... e partia para brincar em outro lugar. 
Levava consigo as cores e os controles Cintilantes... 
Apagava as luzes... e me deixava no vazio preto e branco da minha mente racional. 

Eu podia ver os neurônios piscando fluerescentes...
Ligações químicas que jorravam feito lava de filmes de animação infantil...
Luzes piscantes de raves de longa metragem americano.  

Abria os olhos de carne... e nada desse mundo existia além do avesso de seu Eu.