Trazes sempre um tom vermelho acobreado rascante.
És som de bandoneon sentado em uma esquina gelada de um bairro nublado.
Uma luz escura que escorre, invade, envolve.
Carne cortada a fio de navalha.
Seus olhos me partem ao meio...
Sua voz rasga... Penetra, como membro rígido em busca de prazer...
És a chave que liga a criatividade, a inspiração...
És mentira, verdade, ilusão, saudade, desejo, vontade...
És som de bandoneon sentado em uma esquina gelada de um bairro nublado.
Uma luz escura que escorre, invade, envolve.
Carne cortada a fio de navalha.
Seus olhos me partem ao meio...
Sua voz rasga... Penetra, como membro rígido em busca de prazer...
És a chave que liga a criatividade, a inspiração...
És mentira, verdade, ilusão, saudade, desejo, vontade...
És o que invento...
O que sonho... Objeto de desejo inanimado...
Sexo, amor, dor...
És fogo, sorrisos largos, tesão...
Menina por fora, por dentro vulcão...
A delicadeza como capa da erupção.
És força, exalas sexo e sedução...
Tens a cor e a cara da paixão...
Tens as mãos no tom do corpo...
No tamanho da vontade...
Tens as mãos no tom do corpo...
No tamanho da vontade...
Vens com a calma nas malas, o sorriso certeiro nas mangas..
Vens com a vida na bandeja...
Casa, cachorro, café na cama e bom colo para todas as horas.
Vens com a vida branquinha, reluta as cores, mas as deseja nos recondidos do coração...
Vens banhada de medos e certezas.
Vens com a vida na bandeja...
Casa, cachorro, café na cama e bom colo para todas as horas.
Vens com a vida branquinha, reluta as cores, mas as deseja nos recondidos do coração...
Vens banhada de medos e certezas.
Entrego me...
Entrego me ao desejo e ao corpo...
Enlaço me na loucura e na paixão.
Busco, caço, quero, espero...
Crio, recrio, invento, tento, lento...
Minto, desminto, sinto, finto, absinto...
Crio, recrio, invento, tento, lento...
Minto, desminto, sinto, finto, absinto...
Na minha ilusão o ideal é um misto de tudo com mais um pouco.
Um pouco de dia, um pouco de noite;
Um pouco de sol, um pouco de chuva;
Um pouco de colo, um pouco de tapa;
Um pouco de tudo, um pouco de nada;
Um pouco de corpo, um pouco de alma;
Um pouco de ódio, um pouco de paixão, um pouco de amor;
Um tanto de desejo, um tanto de sexo, um tanto de carinho;
Um pouco de choro, um monte de riso e gargalhadas escandalosas;
Um pouco de morte, e um infinito de vida;
Um peito aberto e coração rasgado transbordando ...
Menos caixas e mais vento no rosto...