sábado, 1 de agosto de 2015

No desespero do vício 
a razão corre de pés pelados 
para o lado oposto do desejo.
Ele, por ele mesmo,  se desfaz em muros de pedras pustiças revestidas por Rubis.
Ou liberta ou aprisiona a mente.
Se me abstenho consigo desviar meu pensamento... 
Se me entrego aos seus devaneios,  me perco de mim...
O controle me escapa pelos dedos...
Como água quente na hora do banho...
Pensando estar em plena solidez.... Desfaço- me em farelos de bolo.
Tão quente e tão frio
Tão forte e tão fio
Em outros lados giram os dados...
Quando me aproximo de mim...
Me afasto de você. 
Quando desvio de mim...
Me arrasto para você. 
Como um tolo me pergunto qual lado meu é o mais perto de mim?