sábado, 1 de agosto de 2015

Entre amigas


Em uma conversa frívola surge uma história passada por duas amigas. 

Uma deitada na rede, coração cheio de angustias, desabafos brotavam, eram cuspidos e vomitados por aquela boca transbordando de angústias.
Do outro lado,  a amiga com o órgão pulsador de sangue, transbordando de história,  sufocando de paixão.  
Não pela amiga, é claro. 
A clareza que havia entre elas, fez com que tudo fosse explicitamente exposto. 
Da cama aos gostos. 
A cama não era feita para elas, gostos carnais deveras diferenciados. 
Mas a amizade... 
Essa sim, pungente, sincera e divertida.
Vontando a cena final,  me recordo da rede... De um telefone que toca...
 De um Ser que me sugava inteira do outro lado da linha. 
Uma paixão estrangeira, mágica, pulsante... Surpresa, excitada, absorta, ebria...
Semi adolescente,  de coração confuso e transbordante,  adentrei aquela linha, e através dela fui ter com a mesma no mundo real. 

Egoísta, cega e apaixonada, abstrai insensivelmente os causos da querida parceira de tempos de amizade. 

A partir daí,  me lembro de poucas cenas, na minha mente esta se eternizou com cara de ponto.
Surpreendo - me com  o quanto me alongo, e a riqueza de detalhes. 
 Porém, a  poucos dias uma conversa buscou essa história.
  Seguido de pessoas por vezes trazendo seu nome em bandejas auditivas.  
Falavam me de seus escritos e pensamentos.  A curiosidade me furtou e vim buscar seus textos, lendo-os tive vontade de também busca-la. 
E cá estou,  as 6 da manhã,  madrugada infinita para seres noturnos, escrevendo,  descrevendo sabe -se Deus o que...
Acho que escrevo constantemente esses 3 pontinhos cheios de palavras... 
Dentro deles, entre outras o desejo de dizer: - Oi amiga! Quanto tempo!!! O que tens feito?? Como andas??? Vamos marcar um café qualquer dia???