domingo, 29 de novembro de 2015

Dicotomia sensório corporal

Então o tempo é de pensar em nada, não analisar, não categorizar , nem listar.
É para sentir o que flui...
Sentir o corpo ferver..
Tremer de prazer, gemer...
Beijar , viajar , deixar o toque dizer, e gozar...
O corpo nú...
Carnal...
Despido de moral...
Entregue ao querer, a experiência , o novo, o desconhecido...
Abrir a alma, o peito, a vida, as histórias...
Deixar o riso frouxo, gargalhar, soltar as amarras, destrancar os medos...
Fazer valer o querer, o fazer...
Uma persona sai de cena e outra entra em ação, em erupção...
Atração... Uma pele que puxa, que suga , que pede atrito...
Um atrito que queima, que mexe, que molha, que gruda...
Adentrar teu corpo insano , em delírios levianos...
Descobrir o toque, o jeito, o gosto...
A pele que arrepia , a mão que desliza, um movimento que pede, um outro que cede...
O inesperado , inusitado, inimaginado...
O querer bem , se transforma em um querer além... 
Uma visão dupla de um mesmo corpo...
Um portal se abre e duas pessoas passam a existir  dentro de um mesmo ser... 
Em outra dimensão as personas se separam , uma permanece na sala , fraterna , amiga, assexuada...
No quarto , a mulher, na cama, o sexo, o gosto , a pele, o gozo, o fogo, o desejo , o prazer...
No beijo , a fome , o elã, o enlace...
No corpo o imã, a sede ,  a verve...
Na mente, o momento, o calor, a erva, o tesão, o desejo de mais, o tempo de crhonos nos braços de kairós...
Fora do quarto , o off, o outro, desliga e volta ao normal...
Até o próximo episódio de dicotomia corporeo sensorial.